Familiar de Espinho Familiar de Espinho Familiar de Espinho
 
 
O Primeiro de Janeiro
2002/10/10
Rumo ao Futuro pensando na continuidade.
EMPRESAS DE SUCESSO EM ESPINHO
A Familiar de Espinho - Associação Mutualista

Quando surgiu, no século XIX, prestava assistência médica e medicamentosa aos seus associados e subsídios de funeral.

Com o tempo as actividades reduziram-se e hoje a Familiar de Espinho funciona apenas com uma valência, que é, porventura, uma das melhores entre as suas congéneres, oferece o maior subsísio de funeral.

As perspectivas de futuro abrem novos caminhos a seguir numa instituição que não quer parar no tempo, mas pelo contrário, angariar mais sócios.


Nasceu em 1894 por mão de António Augusto Abreu e alguns homens de boa vontade. Tem hoje mais de um século de existência e é testemunho vivo do mutualismo emEspinho.
Embora existam muitas associações com o mesmo carácter,a verdade é que a Familiar se distingue pelo serviço que presta, desde o seu início e até hoje, o subsídio de funeral.
Nos primeiros tempos a Associação ainda desenvolveu outras valências como a assistência médica e medicamentosa, aos sócios e seus familiares, subsídio de emprego e de prisão.

A Familiar está hoje envolvida na comissão local de acompanhamento do rendimento mínimo, sendo esta, uma das actividades extra à própria associação.

Entrosar o movimento mutualista na sociedade espinhense é uma necessidade. Com o passar dos anos estas modalidades começaram a desaparecer, e também a assistência médica começou a extinguir-se, dado o cada vez menor número de sócios para sustentar o então existente consultório médico permanente. Mas, essa vertente de apoio não foi totalmente líquidada, pelo que, ainda hoje, a Familiar mantém um serviço de cooperação com diversas entidades no sector da saúde, que fazem descontos aos associados, da cidade e concelho de Espinho. Desde clínicas a médicos especialistas em oftalmologia, obstetrícia e ginecologia, reumatologia, fisiatria e dentistas ou até opticas, todos estes serviços são assegurados pelas várias entidades, em estreita colaboração com a instituição.

Para além desta vertente, também é dada assistência jurídica aos sócios, através da interacção com um escritório de advogados, que fornece consulta jurídica gratuita aos associados da Familiar de segunda a sexta-feira.
A cooperação com livrarias e papelarias que garantem um desconto aos associados na compra dos livros escolares foi uma iniciativa pioneira.

"Esta foi talvez a primeira Associação com este carácter, a fornecer este serviço aos seus associados" afiança José Almeida, administrador da Associação Mutualista.

A Familiar está hoje envolvida na comissão local de acompanhamento do rendimento mínimo, sendo esta, uma das actividades extra à própria associação. Entrosar o movimento mutualista na sociedade espinhense é uma necessidade que o seu administrador aponta até para contrariar o movimento degenerativo por que têm vindo a passar estas instituições, "tem que haver um salto, têm que se arranjar outras modalidades para revitalizar o mutualismo".

No caso concreto da Familiar, os seus estatutos foram alterados de forma global e definitiva no passado mês de Junho, deste ano.

No dia 17, e acordo com promulgação do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, expressa no Diário da República, a Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública, alargava as suas competências à "concessão de bolsas de estudo, realização e promoção de acções de formação, bem como outras formas de protecção civil, através da prestação de serviços directos ou mediante a celebração de acordos com outras entidades de economia social e ainda prestação de cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação". São modalidades que, nas palavras do responsável, terão que ser avaliadas e estudadas as oportunidades mediante a oferta existente em Espinho.

As associações mais próximas desenvolvem actividades semelhantes, e embora se localizem a alguma distância da cidade acabam por enquadrá-la no seu raio de acção, o que explica, de alguma forma, o reduzido número de associados.
Os cerca de cinco mil sócios, são na sua maioria, "pessoas com tradições bem enraízadas e um pensamento com alguma preocupação no futuro. Os jovens acabam por não aderir tanto porque não querem pensar na morte, até porque o panorama melhorou muito hoje e a Segurança Social já suporta estas despesas. Muitas vezes comentam que não querem "pagar para morrer", facto que dificulta a nossa acção no terreno". Ainda assim, e a pensar nos jovens, a proclamada abertura da Associação a outras actividades que motivem estas faixas etárias a aderir à Familiar é uma preocupação constante que o discurso de José almeida enfatiza. A Familiar nasceu numa localidade de tradição piscatória enraízada, em que as pessoas estavam, por infortúnio do destino que lhes provia as necessidades, habituadas à morte no mar, pelo que não foi difícil implementar uma associação com este carácter, que confere confiança e segurança às pessoas. "Crescemos e não podemos queixar-nos muito, contudo, foi num sistema muito lento, em que os associados hoje não aderem tanto como antes", refere o mesmo.

À Associação podem aderir indivíduos de ambos os sexos e comuma idade máxima de 55 anos. Para além de um limite de idade máximo,também havia antes uma condicionante no que concerne à idade mínima para os associados, que deixou de ser referência e alargou o leque de sócios, "muitos pais fazem os filhos associados e vão pagando as quotas dos mesmos", conclui José Almeida. A quota mensal é de 1,50 euros, uma quantia modesta que contribui para que contribui para que, aquando do infortúnio da morte, se realize um funeral condigno aos associados e respectivo agregado familiar. A maquia é designada pelo porta-voz da Associação como "elevada", quando comparada com a de outras associações, mas que justifica e permite, de acordo com o seu discurso, que a instituição "seja uma das que oferece subsídios mais elevados. penso que ao nível norte somos os que pagamos mais no subsídio de funeral".

Quando confrontado com a vertente financeira que as associações mutualistas mais conhecidas asseguram, o administrador não nega esta saída, no entanto coloca as sua reticências quanto à manutanção do carácter mutualista e de socorros mútuos para que estas instituições inicialmente se constituíram. É esse espírito que a Associação não esquece e da qual está ainda hoje imbuída, é com ele que leva avante o apelo "Lembra-te da tua família quano faltar a tua protecção. Inscreve-te como sócio desta Associação". É sem mutilar esta função junto da sociedade espinhense que a Familiar tem, ao longo destes seus 108 anos de existência, trabalhado com dedicação, divulgando o ideal de mutualismo, a entreajuda e a solidariedade.

Do conjunto de actos que celebram tão nobre existência consta o lançamento de uma medalha comemorativa do século de existência, emitida, conforme consta da explicação, "em homenagem ao seu passado, como força motriz de uma redobrada actividade no presente e como testemunho para o fuuro", sempre como auxílio dos seus sócios como única preocupação.
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