Familiar de Espinho Familiar de Espinho Familiar de Espinho
 
 
Defesa de
Espinho
2003/02/06
ASSOCIAÇÃO CENTENÁRIA APOSTA NA INOVAÇÃO
Associação centenária aposta na inovaçãoNa altura da fundação de "A Familiar de Espinho" Associação e Socorros Mútuos, um grupo de cidadãos de Espinho, confrontados com as dificuldades que a sociedade tinha de enfrentar, decidiu criar esta associação. Apesar de nos seus estatutos estar previsto que pode ter âmbito nacional, " A Familiar" sempre foi muito fechada, restringindo-se aos limites da cidade de Espinho, enquanto que outras associações do género alcançaram um âmbito mais abrangente.

Apesar disso neste momento a associação tem cerca de 4800 associados que pagam uma quota mensal de 1,5 euros, tendo o direito de usufruir de um subsídio de funeral que atinge os 449 euros, o que torna esta asociação numa das que paga um subsídio mais elevado de entre as que se encontram instaladas nas localidades circundantes.

O subsídio de funeral é o principal benefício dos associados de "A Familiar", mas também foram assinados acordos com diversas entidades particulares, que permitem o acesso a consultas e tratamentos de diversas especialidades médicas, além da prestação de serviços de oculista, com vantajosos descontos.

Além disso, a ssociação faz parte da comissão de Acompanhamento do Rendimento Mínimo e os seus associados podem adquirir os livros escolares com desconto em algumas livrarias de Espinho e têm acesso à consulta jurídica gratuita , uma forma pioneira que "A Familiar" encontrou de ajuda.

Segundo José Almeida, responsável pelos serviços administrativos da associação, o número de associados tem vindo a crescer de ano para ano, embora neste momento, com a actualização de ficheiros, se verifique um equilíbrio entre os desistentes e os aderentes, mantendo-se o número.

"Existe um tipo de educação nesta zona do país que leva a que se dê grande importância às questões ligadas à morte e ao funeral. Um fenómeno que ocorre sobretudo no Norte. Daí a existência deste tipo de associações com um objectivo tão específico e a sua continuidade até os dias de hoje, o que não ocorre no Sul.

Mas, o responsável alerta para o facto das necessidades da população estarem a alterar-se, revelando que "a actual Diracção está convicta de que se tem de fazer alguma coisa, estando a estudar os novos benefícios a oferecer aos associados", embora estes recorram frequentemente aos serviços actualmente prestados.

Responder às necessidades dos Espinhenses
Existem associações congéneres que se têm dedicado à área da saúde, como é o caso da Associação de Socorros Mútuos S. Francisco e Assis de Anta. Mas José Almeida lembra que "estando situada na cidade de Espinho, " A Familiar" poderia não ter sucesso neste campo, já que existe uma larga oferta nesta área e "daí existir alguma dificuldade em encontrar os projectos mais adequados, estando a ser estudadas algumas opções".

O edifício onde a associação se encontra é da sua propriedade mas, para que pudesse ser rentabilizado, está uma parte alugada à Academia de Música de Espinho e o rés-do-chão alugado a uma empresa,pelo que o espaço ocupado por "A Familiar" é bastante limitado, reduzindo as opções.

Alugar um espaço aumentaria muito os encargos, pelo que "uma solução mais viável pode passar por continuar a apostar em parcerias com diversas entidades e oferecer aos associados serviços já existentes, em vez de criá-los, pois o que interessa é que os asociados usufruam de vantagens por pertencerem à associação".

No âmbito desta política de inovação, "A Familiar de Espinho" é presença assídua nos congressos de mutualismo por considerar de grande importância a troca de experiências com as suas congéneres.

As associações mutualistas têm uma àrea de acção diferente das colectividades com vocação de apoio social, mas os estatutos de "A Familiar" foram recentemente alterados, abrindo-lhes novas possibilidades, já que pode passar a intervir em áreas como a formação profissional, turismo...

A associação vive das quotas dos associados, do rendimento que retira do aluguer do seu edifício e do subsídio anual da Inspecção-Geral de Jogos, o que permite afirmar que "a situação económica é boa. Ainda no ano passado renovamos o prédio todo, ficando com as instalações mais ou menos decentes".

Assim, "as portas estão abertas, resta agora concretizar projectos, mas é necessário ter muito cuidado no sentido de apostar em algo que vá ao encontro das necessidades dos espinhenses", alerta o responsável.

Apesar de tudo estar a mudar, mesmo ao nível da Europa e do Mundo, o que poderá implicar o desaparecimento de algumas associações, José Almeida acredita no futuro de "A Familiar", pois "já demos a volta em outros tempos e estamos empenhados em encontrar novas opções a oferecer, em especial aos mais novos".

Sandra Soares
Voltar ao Topo
Rua 22 n.º 327
4500-273 Espinho Email: geral@familiardeespinho.pt
Este website utiliza cookies. Ao continuar a navegação está a aceitar a sua utilização. Caso pretenda saber mais, consulte a nossa Política de privacidade aqui.